E que tipo de bebidas alcoólicas são melhores para a sua saúde?
Pessoas que bebem bastante vivem mais tempo do que as que são totalmente abstemias, segundo um novo estudo conduzido por um psicólogo da Universidade do Texas. Como exatamente isso é possível?
Parece ser capaz de reduzir seus riscos de ter doenças cardíacas e diabetes, ainda que até agora ninguém saiba explicar exatamente como isso é possível. Pesquisadores tem quase certeza de que o consumo regular de álcool aumenta os níveis do HDL, o famoso “bom colesterol”, ainda que alguns médicos discordem que isso possa dar conta de diminuir o risco de doenças cardíacas em quem bebe álcool. De modo geral, quem consome duas doses de álcool por dia pode aumentar o nível do HDL entre 5 e 10%, o que se acredita corresponder a uma redução de 10% no risco de doenças coronárias.
A suspeita dos médicos de que a bebida tem seus benefícios para a saúde já é antiga, em época de lei seca americana uma liga de médicos foi à justiça lutar por seu direito de prescrever álcool para doenças de estômago, lactação prolongada e tuberculose. Em 1926, quando a justiça americana estava rejeitando o pedido dos médicos, um pesquisador chamado Raymond Pearl, da Universidade de John Hopkins, publicou um livro demonstrando que pessoas que bebiam com moderação viviam mais tempo do que os que bebiam demais e do que os que não bebiam de forma alguma. Nas ultimas oito décadas, médicos produziram montanhas de artigos tentando validar os resultados da pesquisa de Pearl, que foi reproduzida muitas vezes.
A base dos estudos dos benefícios do álcool vem em duas formas. Estudos de observação dividiram os participantes em grupos baseados na quantidade que eles afirmavam consumir de álcool, e então foram feitas as comparações. Esses experimentos são relativamente baratos, mas os médicos não botaram fé, pois é difícil separar os efeitos do álcool de outros fatores possíveis. Por exemplo, consumidores de álcool que tem mais dinheiro e portanto tem mais acesso a cuidados com a saúde. Eles também costumam se exercitar mais. Por outro lado, entre quem bebe é maior a incidência de fumantes, o que aumenta a probabilidade de risco de diversos tipos de doenças. Os pesquisadores tentaram controlar esses fatores, mas não puderam eliminar sua influência completamente.
Estudos de intervenção usam grupos menores de pessoas similares e mudam os hábitos de metade dos participantes em relação ao álcool. O problema desse tipo de estudos é o custo elevado, e o fato de que a maioria das pessoas não gostam de ter ninguém dando pitaco no que devem ou não beber. Como resultado, as informações só podem ser compiladas com o passar de algumas semanas na maioria dos casos, portanto é difícil tirar conclusões a longo prazo.
Baseado na comparação desses dois tipos de estudos, a evidência do aumento do colesterol HDL é o que tem as credenciais mais fortes (beber duas doses de álcool por dia é melhor para o colesterol bom do que se exercitar ou parar de fumar). Mas vários estudos falharam ao demonstrar que o aumento dos níveis de HDL realmente previne ataques cardíacos, portanto os médicos ainda não tem certeza se isso pode explicar a relação entre o consumo de álcool e a longevidade.
Se eu vou beber por motivos de saúde, qual é a bebida mais potente?
Provavelmente não faz diferença. Estudos mais antigos sugeriam que o vinho tinto era a melhor escolha, mas muitas pessoas agora atribuem isso a variáveis que confundiam o estudo. Um estatístico dinamarquês, por exemplo, revisou notas fiscais de supermercados e descobriu que pessoas que compram vinho tendem mais a comprar azeitonas, frutas e vegetais, enquanto os adeptos da cerveja preferiam doces, manteiga, salgadinhos, alimentos processados e bebidas doces. Algum pesquisadores afirmam que as bebidas alcoólicas oferecem benefícios antioxidantes, ainda que não esteja claro que bebida o faz de forma mais efetiva ou sequer se esses benefícios existem de fato. E nem pense em beber vinho tinto pelo químico anti-idade resveratrol. Ninguém até hoje soube explicar para que ele serve e estudos com roedores sugerem que você precisa consumir pelo menos cem garrafas por dia para obter qualquer beneficio desse tipo.
Fonte: Slate
Parece ser capaz de reduzir seus riscos de ter doenças cardíacas e diabetes, ainda que até agora ninguém saiba explicar exatamente como isso é possível. Pesquisadores tem quase certeza de que o consumo regular de álcool aumenta os níveis do HDL, o famoso “bom colesterol”, ainda que alguns médicos discordem que isso possa dar conta de diminuir o risco de doenças cardíacas em quem bebe álcool. De modo geral, quem consome duas doses de álcool por dia pode aumentar o nível do HDL entre 5 e 10%, o que se acredita corresponder a uma redução de 10% no risco de doenças coronárias.
A suspeita dos médicos de que a bebida tem seus benefícios para a saúde já é antiga, em época de lei seca americana uma liga de médicos foi à justiça lutar por seu direito de prescrever álcool para doenças de estômago, lactação prolongada e tuberculose. Em 1926, quando a justiça americana estava rejeitando o pedido dos médicos, um pesquisador chamado Raymond Pearl, da Universidade de John Hopkins, publicou um livro demonstrando que pessoas que bebiam com moderação viviam mais tempo do que os que bebiam demais e do que os que não bebiam de forma alguma. Nas ultimas oito décadas, médicos produziram montanhas de artigos tentando validar os resultados da pesquisa de Pearl, que foi reproduzida muitas vezes.
A base dos estudos dos benefícios do álcool vem em duas formas. Estudos de observação dividiram os participantes em grupos baseados na quantidade que eles afirmavam consumir de álcool, e então foram feitas as comparações. Esses experimentos são relativamente baratos, mas os médicos não botaram fé, pois é difícil separar os efeitos do álcool de outros fatores possíveis. Por exemplo, consumidores de álcool que tem mais dinheiro e portanto tem mais acesso a cuidados com a saúde. Eles também costumam se exercitar mais. Por outro lado, entre quem bebe é maior a incidência de fumantes, o que aumenta a probabilidade de risco de diversos tipos de doenças. Os pesquisadores tentaram controlar esses fatores, mas não puderam eliminar sua influência completamente.
Estudos de intervenção usam grupos menores de pessoas similares e mudam os hábitos de metade dos participantes em relação ao álcool. O problema desse tipo de estudos é o custo elevado, e o fato de que a maioria das pessoas não gostam de ter ninguém dando pitaco no que devem ou não beber. Como resultado, as informações só podem ser compiladas com o passar de algumas semanas na maioria dos casos, portanto é difícil tirar conclusões a longo prazo.
Baseado na comparação desses dois tipos de estudos, a evidência do aumento do colesterol HDL é o que tem as credenciais mais fortes (beber duas doses de álcool por dia é melhor para o colesterol bom do que se exercitar ou parar de fumar). Mas vários estudos falharam ao demonstrar que o aumento dos níveis de HDL realmente previne ataques cardíacos, portanto os médicos ainda não tem certeza se isso pode explicar a relação entre o consumo de álcool e a longevidade.
Se eu vou beber por motivos de saúde, qual é a bebida mais potente?
Provavelmente não faz diferença. Estudos mais antigos sugeriam que o vinho tinto era a melhor escolha, mas muitas pessoas agora atribuem isso a variáveis que confundiam o estudo. Um estatístico dinamarquês, por exemplo, revisou notas fiscais de supermercados e descobriu que pessoas que compram vinho tendem mais a comprar azeitonas, frutas e vegetais, enquanto os adeptos da cerveja preferiam doces, manteiga, salgadinhos, alimentos processados e bebidas doces. Algum pesquisadores afirmam que as bebidas alcoólicas oferecem benefícios antioxidantes, ainda que não esteja claro que bebida o faz de forma mais efetiva ou sequer se esses benefícios existem de fato. E nem pense em beber vinho tinto pelo químico anti-idade resveratrol. Ninguém até hoje soube explicar para que ele serve e estudos com roedores sugerem que você precisa consumir pelo menos cem garrafas por dia para obter qualquer beneficio desse tipo.
Fonte: Slate